(Ou os resquícios de uma sexta-feira)
Uma vez um professor querido pronunciou durante uma das suas primeiras aulas na minha turma: “Felicidade é uma coisa vagabunda”. Aquilo chocou aquela menina que estava ali sentada, cursando letras por gostar de literatura e por achar que isso de alguma maneira fazia sentido. Chocou porque passamos a vida inteira pensando que ser feliz é a coisa mais importante e o real sentido de tudo o que há na existência. Logo em seguida, tentando esclarecer, ele nos perguntou se alguém se interessava em saber se Einstein havia sido feliz, ou Jesus Cristo ou Charles Darwin. Passado o choque isso começou a fazer um sentido descomunal. Afinal, estávamos aqui pra sermos felizes ou pra fazermos alguma coisa que nos significasse?