|Por Uyatã Rayra|
Quero o cegar da fuligem colorida
Das camisas do meu guarda-roupa
E ensopar o pincel de Deus
Com um arco-íris incolor
O silêncio ensurdecedor
Faz-me laimber a coriza com suor
Para sentir o sabor da anestesia
Com as cinzas de Alexandria
Minhas narinas acaricio
Um microscópio na latrina que esvazio:
O preencher da poesia.
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