A arte urbana sempre me tocou muito. Já pensei em fazer várias interferências em Feira de Santana, mas o tempo - a desculpa é sempre o tempo - encurtado pelas atividades que fazem a rotina seguir seu curso nunca me deixou colocá-las em prática. Imagino como seria se o meu vizinho encontrasse alguma coisa parecida com essas instalações do americano Mark Jenkins, onde ele se utiliza de embalagens, fita adesiva, jornal e outros matérias pra compor suas obras. Nenhuma dessas pessoas é de carne e osso, embora muitas dessas situações sejam prosaicas, facilmente reconhecidas e bastante reais por existerem em nós como um estado de espírito ou essas identificações que a arte nos proporciona . Jenkins disponibiliza um tutorial em seu site para a feitura de peças parecidas com as dele.
Aqui em Feira há um grupo que se utiliza da arte de rua, o GEMA – Grupo de Pesquisa em Arte Contemporânea. Eles têm propostas interessantes mas ainda são, aparentemente, pouco atuantes. Já fizeram intervenções embora eu não saiba de nenhuma repercussão palpável, por assim dizer, já que imagino que muitos de vocês nunca nem ouviram rumores do mesmo.
A TV Subaé insiste em nos deixar cego quanto à nossa Feira de Santana.
"Gema também chamou a atenção do público para a importância da preservação do patrimônio histórico e da sua memória, ao apresentar impressões fotográficas (130 cm x 90 cm cada) de construções antigas e históricas da cidade, que se encontravam parcialmente destruídas ou em estado de abandono. Estas imagens, transportadas pelos membros do Grupo em locais de grande trânsito, foram dispostas em sequência, sugerindo o apagamento da imagem, que vai sendo clareada até o desaparecimento completo."
1 comentários:
Já vi um vídeo do grupo gema. Eu estava no CUCA prestigiando um evento do qual, curiosamente, não lembro mais nada. Muito provavelmente era um show ou espetáculo de um amigo.
Quanto ao trabalho do grupo, eu me lembro. Tratava-se de uma intervenção dramática no shopping Boulevard (antigo Iguatemi). Uns quatro atores, vestidos todos eles de toca de meia preta, roupa igualmente preta, luvas brancas e placas dependuradas no pescoço onde se lia o nome de cada personagem. Só me ocorre o da que dizia "consumidor". O vídeo em si não era bom. A qualidade da imagem não ajudava, a montagem e a trilha sonora eram amadoras. Era mais uma intervenção urbana registrada em vídeo do que um vídeo propriamente dito, que exige todo um cuidado com as suas peculiaridades estéticas, ali não assistidas. Mas ainda assim aquilo tinha força. Tanto que bastou eu ler o nome do grupo, para lembrar-me dele.
Eu acho muito interessante.
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