De onde pode surgir Arte?
Essa é uma pergunta que nos impele a responder: de tudo. Realmente parece ser a resposta mais correta, pois a arte se desdobra por vários elementos para expressar os devaneios individuais e mútuos do ser humano. Coisas que parecem ter somente a utilidade para que foram produzidas, brincam com o olhar e se tornam algo completamente diferente das suas funções originais, na maioria dos casos trazendo até mais vida a suas utilidades.
A seguir, exemplos de obras que exploram o além objeto, que tratam coisas banais como forma de expressão artística, fazendo muito do que já é inútil um belo espetáculo visual.
Clique nas imagens para ampliar.
O canadense Josh Chalom criou uma nova forma de produzir arte através de um brinquedo dos anos 80, o cubo mágico. Com o projeto Cube Works ele produz imagens icônicas da cultura pop através das faces do cubo, de Warhol a Leonardo da Vinci, com sua representação d’A Última Ceia, usando 4050 cubos e medindo 2,60 por 5,20 metros.
Ingrid Siliakus é uma verdadeira arquiteta de papel, com imagens em pop-up ricamente detalhadas e impressionantes. Esse estilo não pode necessariamente ser chamado de origami (literalmente “dobragem de papel”), mas sim kirigami (kiri=cortar; gami=papel). Criado por Masahiro Chatani (o inspirador de Siliakus), depois de passar um longo tempo pensando num cartão de felicitação, teve a ideia de fazer algo tridimensional, resultando no kirigami.
O ucraniano Mark Khaisman é um apaixonado por cinema, paixão esta que o fez abandonar a arquitetura para se dedicar a uma forma de pintura bem diferente, com fita adesiva. Através da justaposição de um número diferente de camadas de fita ele consegue a graduação do claro e escuro, formando as imagens inspiradas, claro, no cinema.
Christian Faur desenha com lápis, mas de uma maneira nada convencional. Ele agrupa centenas ou até milhares de lápis, tipo crayons, na vertical dentro de molduras de madeira, tornando as pontas dos lápis pixels, que preenchem o campo formando a imagem. Um trabalho de habilidade e paciência.
As sombras de Tim Noble e Sue Webster, formadas através de pilhas de objetos (lixo) de maneira aparentemente aleatória, se revelam, através de uma luz incisiva, em sombras de formas escondidas nos montes. Incrível.
O tatuador Cliff Maynard deve ter fumado muito, literalmente, para fazer esses trabalhos. Ele faz retratos de pessoas famosas com filtros de maconha, em muitos casos demorando até 200 horas para terminar uma peça. Haja larica.
0 comentários:
Postar um comentário