A “indecência” de Saudek




Nascido em Praga, tudo impressiona na obra de Jan Saudek. Inspirado pelo pai do ilusionismo no cinema, Georges Méliès, não é por pura coincidência que suas fotos são marcadas por um traço cinematográfico muito forte. Começou a trabalhar como fotógrafo em 1950 ao mesmo tempo que se iniciava na pintura e no desenho.















Tudo que poderia ser chamado de pornografia está presente nas fotos deste checo, que sem muitos efeitos e abusando das dicotomias e das ambigüidades, constrói uma obra calcada na abordagem antagônica da sexualidade e da relação entre homens e mulheres, velhice e juventude, vestuário e nudez...




 Tribute to Robert Crumb, 1983 :









Wedding, 1990 :








Ten Years in the Life of Marketa, 1970 :










Sobre isso ele diz:

“Para mim, a diferença entre pornografia e arte é simples – você pode olhar para a arte por uma eternidade, enquanto com a pornografia você dá uma olhada e coloca de lado porque tudo é explícito, não há mistério, a fantasia não tem lugar ali”.












Those Ollök Charwomen, 1987: 






 Portrait of Woman and Man, 1984 : 














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Innocence, 1997 








Cross Eyes, 1996









  The End of he Film, 1997








Saudek retrata a vida - que outra coisa poderia ser? - e o faz de maneira inacreditável, mágica. As pessoas fotografadas por ele são todas amigos e familiares seus. Gordos e magros, altos, baixos, gente... Gente vivendo, sendo retratada com o uso de uma linguagem artística fascinante que aborda a sexualidade como algo que pertence a vida e que por isso não pode permanecer escondida. Naturalmente erótico, mas sem nenhuma pornografia.


























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From the Endless Series My Lovers, 1982 : 
























Temptation of St. Anthony, 1983 : 





















 White Flesh Merchant, 1997:










 In the Suburbs, 1997:















































Quando perguntado sobre o que ele pensa sobre sua obra, Saudek responde:
“O artista também não compreende. Ele é um idiota, criando em função de um tipo de necessidade” (...) “É claro, todo esse esforço aflito, essa desesperada e obstinada tentativa de capturar aquelas poucas pessoas que eu amei, para gravar sua aparência de uma vez por todas, não é nada senão o antigo desejo sem sentido de parar o tempo. Minha câmera em minha mão e minha vida na minha frente – e ao comando, na moda militar: Alto!”



Mais fotos, no site do artista: http://www.saudek.com/

2 comentários:

23 de abril de 2010 às 14:46 Unknown disse...

Tribute to Robert Crumb e the end of the film foram as mais surpreendentes para mim!!!

Poderíamos convidá-lo para a TRANSA!?!?

2 de agosto de 2010 às 14:02 Thiago de França Amorim disse...

Adorei "the wedding"!
Não conhecia a obra do Saudek e me surpreendi muito.
Grande abraço!

http://thiagof-amorim.blogspot.com

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