Autor (a): Monique Cavalcante
Pensar em meus tweets favoritos não é exatamente uma tarefa fácil, muito menos se pararmos para pensar na quantidade de twitters vs a quantidade que seus donos tuitam por dia. No fim das contas dá para fazer um livro, coisa que (creiam!) já andam publicando por aí. Claro que mais da metade desses tweets você não vê, não dá importância ou acha ruim mesmo. Eu tive que fazer uma pesquisa no meu próprio favoritos para conseguir escrever esse texto.
No início, comecei a favoritar um tweet de cada pessoa, sem deixar que houvesse repetição. Não rolou. Às vezes, eu enfrentava o dilema de ter que decidir qual dos tuites de um mesmo usuário deveria levar a estrela amarela para casa. Ou eu perdia minutos da minha vida pensando nisso, ou eu abria mão dessa bobagem. Fiquei com a segunda opção.
No Twitter, o que vale mais não é ser o mais inteligente nem ter a maior coleção de amigos, a fórmula do sucesso é, na verdade, ser espirituoso. Resolvi passear pelo favoritos dos amigos, aqueles que tão ali no following/followers, para ver como e o que eles costumam favoritar. Foi aí que percebi que há vários estilos de “favoritismo”: tem aqueles que desconhecem tal ferramenta ou preferem não utilizá-la, aqueles que apenas se favoritam(acho esse o tipo mais estranho, mas cada qual com sua mania), outros que a utilizam com o intuito de guardar os melhores links(nesse caso, o melhor a fazer é deixar nos favoritos do Mozilla ou no navegador da sua preferência); a maioria dos casos e onde me encaixo, é o das pessoas que favoritam tuites por afinidade, escolhem coisas que acham que poderiam ter dito e que muitas vezes dizem respeito a personalidade de cada um ou que simplesmente revelam o tipo de humor do dia ou da vida. Ter favoritos é como ter comunidades no Orkut. É uma forma de auto-afirmação, é querer mostrar ao outro as coisas das quais gostamos e que pensamos, mas não só através do que dizemos.
Então, escrever sobre meu favoritos e os meus favoritos, é basicamente escrever aqui sobre a pessoa que, de alguma forma, eu tento parecer para aqueles que têm a curiosidade fuçar meu Twitter, enquanto me utilizo do material fornecido por outrens.
Ainda analisando os tweets que guardei, percebi que muitas das pessoas que lá estão, não fazem parte dos meus followings, tampouco um dia fizeram. Não dá para acompanhar uma pessoa todos os dias esperando que ela resolva tuitar algo bom novamente, é como ler um livro ruim na esperança que exista uma frase que faça valer todo o resto. E isso é uma coisa que não acredito e prefiro não arriscar.

RT @AlvaroAndrade iiiiiiii RT: @rellens:
chaves diz: queria ser uma centopéia agora, pra bater várias palmas pra você.
* * *
* * *
@CARPINEJAR Eclética é uma pessoa especializada em não ter opinião.
@CARPINEJAR Para a mulher, ruim não é simular o orgasmo, mas quando o homem é tão rápido que não dá nem tempo para fingir.
* * *
* * *

@bomdiaporque Não é que eu não queira ser otimista. Só preciso que me arrumem alguns motivos.
O que tenho notado agora é que a ferramenta favoritos está perdendo seu valor com surgimento dos invasivos retweets que entram na sua timeline sem pedir licença. É muito mais fácil você dar um clique para mostrar aquele tweet que você gostou e ainda ter isso imediatamente guardado num lugar que funciona como favoritos, do que esperar alguém aparecer para ler o que você andou favoritando um dia.
No mais, deixo vocês com uma angustiante situação que muitos já devem ter enfrentado num dia de calor e desespero:
Monique Cavalcante é estudante de letras e passa boa parte do seu dia fitando a tela do seu notebook enquanto formula maneiras de reverter essa situação.
4 comentários:
adorei o texto, Munica!
Qual é seu twitter Monique??? :)
@mayonaise =)
rs
Postar um comentário