|Por Renato Moss|
Cá com meus pensamentos que talvez nem sejam meus, encontro-me em frente à um grande desafio "Quero escrever pra Transa", mas o que mesmo? poderia falar sobre o que eu acho do "nada", ou o motivo da minha fuga das terras feirenses, sobre a fobia que tenho de palhaços, talvez minhas experiências sobrenaturais, ou sobre mim, quem sabe?
Mas "Plim!" eis me aqui agora querendo falar de algo, sobre qualquer coisa que seja interessante e que eu não esteja envolvido. Na verdade quando entramos nessa "eterna busca do ser" passamos por um longo período de auto-análise, e até uma desonrosa auto-crítica talvez.
Falar de sí é prejudicial à saúde e vicia, então como um alerta àqueles que estão tentando se conhecer quero deixar os meus humildes conselhos:
Soneto sobre Si
Quem outrora soubera melhor senão Eu?
Que nos passos trocados pelos teus,
Haviam léguas que distavam entre os pólos
Do mártir mascarado que está entre Mim e Eu...
Se por ventura tu me avistastes antes,
Por que não acenastes? seria um sinal...
De que profunda eterna busca adiante
Não seria Tu nem Eu esperando no final...
Quereríeis Tu que andássemos juntos,
O Eu desesperado e o Eu moribundo
Que és meu cúmplice amado, calado e imundo
Quem outrora soubera melhor senão Tu?
Que vem procurando-me, tentando conhecer,
Que por mais que soubesse sobre Ti, Eu negaria em dizer...
Quem outrora soubera melhor senão Eu?
Que nos passos trocados pelos teus,
Haviam léguas que distavam entre os pólos
Do mártir mascarado que está entre Mim e Eu...
Se por ventura tu me avistastes antes,
Por que não acenastes? seria um sinal...
De que profunda eterna busca adiante
Não seria Tu nem Eu esperando no final...
Quereríeis Tu que andássemos juntos,
O Eu desesperado e o Eu moribundo
Que és meu cúmplice amado, calado e imundo
Quem outrora soubera melhor senão Tu?
Que vem procurando-me, tentando conhecer,
Que por mais que soubesse sobre Ti, Eu negaria em dizer...
(Exclusivo para a Transa Revista, Chapada diamantina, 14/07/2010)
Renato Moss
Estudante de Engenharia civil - UEFS, músico, escritor, espiritualista, praticante devoto da ataraxia, tem orgulho de ter nascido em Seabra na Chapada Diamantina, passou a infância desmontando carros em um ferro-velho e ateando fogo no que fosse feito de material combustível ou não, não sabe falar sobre política e futebol, mas sabe encontrar o ponto G e fazer um bobó-de-camarão, atualmente encontra-se isolado em terras chapadenses depois de abandonar a vida rotineira em feira de santana que era composta de faculdade, emprego, cursos, namorada, boemia e orgias.
2 comentários:
Adorei a psia...feminino de psiu (segundo Antunes, o Arnaldo...). Mas se avexe não rapá...que Gil já adiantou que essa estrada ao final vai dar em nada...nada, nada, nada, nada...do que esse Eu pensava encontrar...Tou adorando ler o que essa galera escreve por aqui! bjs.
Perfeito!
Sem mais.
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