|por Diego P. G. Silva *|
Ele não conseguia entender como que alguém poderia ‘datilografar’ tão rápido naquele objeto cheio de teclas que faziam com que as letras aparecessem naquela tela que estava iluminando o rosto maravilhado e vidrado do neto.
Ficava ainda mais boquiaberto pelo motivo de ele conseguir ‘datilografar’ e mexer uma setinha minúscula através de um objeto que lembrava um ratinho.
E ficava muito mais impressionado quando seu neto dizia: “To conversando, vô”. Como que o menino conversava sem nem abrir a boca? “Era coisa de louco” - o velho pensava.
Era muito confuso ver aquilo tudo. Milhares de imagens a todo o momento, música tocando, vídeos rolando. O velho Sr. Dicks não conseguia acompanhar o neto de 15 anos.
Muita informação em um pequeno espaço de tempo. Muitas cores, pessoas e movimentos. Na época de criança dele, eles não tinham essas loucuras tecnológicas. Era diversão no quintal, perto da natureza e dos gravetos. E a imaginação corria solta.
O mundo mudando, alterando culturas e mentalidades. E o velho Sr. Dicks acabou desistindo de tentar entender alguma coisa que tava rolando no tal do ‘PC’ e voltou pro seu jornal. O velho e imutável jornal, onde as notícias não se mexiam nem precisava de uma setinha pra virar a página.
* Diego P. G. Silva é estudante do curso de edificações do CEFET/MG em Curvelo/MG.
3 comentários:
aeeeeeeeeew Diego!!
PARABENS!!
esse texto é muito legal mesmo.
Grande abraço
Parabéns Diego, cmo sempre digo,vcê tem muito talento. Adoro esse texto.
Vlw Andre! Vlw Sophia! É uma honra receber elogios de escritores como vcs, como tbm eh um honra estar aqui na Transa Revista!
Obrigado!
Postar um comentário