|por Camillo Alvarenga*|
A tônica da coluna é a correspondência literária, artística, filosófica e política, ou seja, um conjunto elaborado de aspectos intelectuais em trânsito entre a vida individual e coletiva do século XXI. Segue a sua Iniciação!
1.
Cavaleiro digital sem rosto
impossível a reconstituição
e Stonehenge desmorona
Por enquanto só a despertar
e ver outras faces em ritual
Magia que no ser movia, cotovia
solve-se a manhã, e os tribunais
chamam a porta, logo cedo, cego
entre remansos e remontes, age.
2.
és livre palavra, caiada de ontem
emoldura o amanhã, ilusio vã acontece
todo tempo temperado de arte e trabalho
Laboriosa a ideia de ter-te nua, verdade
inacessível intento, último esboço da certeza,
mística natureza em que te encerras ciência,
viagem racional ao mundo do real, longe do
sensível, sentir terreno em movimento
Abstrai do todo-intelecto as redes.
3.
De texto em totem escrito, plástico-
acústico no ar, e a crítica samba entre
acordes e números, estatísticas virtuais
São tributos, impostos e o Estado.
Revolução? Aqui acolá se houvem rumores
Tragam fogo e sapatos, e jornais de outrora
A ocupação será intensa mais breve que possível,
Há chances de contra-ataque? Nenhuma chance.
Ao menos obra-de-arte redimensiona as esferas.
* Camillo César Alvarenga - Bacharelando em Ciências Sociais na Federal do Recôncavo, ainda exerce atípica função de "correspondente estrangeiro " da Transa Revista na cosmopolita Cachoeira de então.
2 comentários:
O Dactilográfo é historiador do nosso tempo, não tem face pois que as ideias dispensam a personificação e a arte tem muitas mãos!
Oxalá que essa coluna tenha muito sucesso!
Grato pelo entendimento!
oxalá
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