Socializando o Diálogo

| por Paulo Moraes |
Da esquerda para a direita: João Daniel, Dolores, Uyatã, Ederval , Paulo e Caio Augusto estava ausente (foto de Bárbara Santana tirada no dia do lançamento da revista, 16 de dezembro de 2009).

Quando tive a primeira conversa sobre a idéia de produzir uma revista para a universidade (neste caso, a UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana), não esperava que fosse o que temos hoje, a Transa. Por que isso? Para termos uma idéia de que idéias não vêm prontas e é só colocá-las no papel e fim de papo, relembro que foram necessários oito meses de amadurecimento e construção coletiva deste projeto; muitos sujeitos e sujeitas de algum modo passaram por esta experiência e muitas idéias apareceram e se foram da mesma forma. Desse modo, posso chegar à conclusão de que esta idéia não é apenas de uma única pessoa, mas de um conjunto.



E o porquê desta idéia? É sabido por todos que na UEFS existe uma grande carência de comunicação entre os/as estudantes. Entretanto, se olharmos de maneira mais ampla, perceberemos que este é um problema geral na universidade. O que temos até a chegada da Transa são boletins (que em muitos casos são chamados de “jornais”) que apenas informam ao seu leitor os acontecimentos do curso, de sua categoria e/ou da Uefs. Dificilmente eles estão ali para abrir um canal de diálogo; apenas informam algo que, na maioria das vezes - e talvez daí resida um problema – é necessário que seja noticiado.

Mas não podemos ter meios de comunicação que apenas informem algo. Eles precisam problematizar essa informação e desta forma gerar o diálogo. Um instrumento como este não é algo que está fora do nosso mundo; ele está dentro e precisa gerar tais e quais reflexões para assim haver comunicação, debates e conversas sobre os mais variados assuntos entre os seus leitores. Não pregamos nas nossas páginas as verdades absolutas, mas questões a serem debatidas a partir de um outro olhar. Não me atrevo a dizer que a Transa é neutra – seria demagogia. A revista se posiciona, sim, mas a diferença é sua construção: aberta e democrática.

Foi a partir destes ideais que surgiu a Transa: de debate acalorados e reflexões saudáveis. Todos e todas que estão na Transa não pensam iguais uns aos outros, porém possuem o mesmo objetivo maior em comum - o de socializar o diálogo na UEFS e, sobretudo, em Feira de Santana.

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