Medo do ridículo
Nelson Rodrigues disse que só os imbecis têm medo do ridículo. Concordo. Fosse pelo medo do ridículo, não teria topado entrar no projeto da Transa e muito menos assinar o primeiro editorial da revista. Fosse também pelo medo do ridículo, não proporia trocar a densa e institucionalizada entrevista com o pró-reitor de graduação Rubens Pereira (a qual publicaremos no blog da revista junto a uma explicação por ela não ter sido publicada na versão impressa) para dar cinco páginas a três estudantes da graduação falarem o que pensam sobre assuntos variados, que vão desde a interpretação pessoal do sentido de consciente e inconsciente coletivos, a observações pontuais de que a presença na sala de aula é a da lista, que os estudantes preferem não ler e que a universidade pública brasileira precisa superar a USP e Caetano Veloso. Saí da minha confortável e silenciosa alcova da apatia para correr o risco do ridículo, assim como todos os perseverantes membros do conselho editorial. Eis aí o número zero da Transa, que traz colaborações de gente muito boa (ver no sumário) e espera sobreviver dessa forma: voluntária, interativa e empolgada. Esperamos ajuda e desejamos boa leitura, necessariamente nesta ordem.
Ederval Fernandes,
Membro do conselho editorial da Transa.
1 comentários:
Bela síntese que foi a construção e amadurecimento deste projeto.
Como diria Davi Lara "O mais díficil foi feito, porém chega se na parte que não é nada fácil, manter"
Paulo Moraes
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