Direito de resposta










Por: Ana Célia Coelho; Inês Cerqueira; Ivanete Martins; Jacilene Marques (E-mail enviado para a Transa Revista no dia 11 de maio de 2010 e publicado com o devido consentimento das autoras.)



Sinceramente, ficamos muito irritadas e desapontadas ao encontrar na revista TRANSA um discurso totalmente preconceituoso e negativo, em relação aos residentes universitários dessa instituição. O texto publicado é de péssimo gosto e revela a falta de conhecimento do autor em relação ao residente e sua tragetória política e acadêmica, bem como a frustração do autor diante da comunidade acadêmica como um todo. Não nos consideramos privilegiadas (nossas conquistas resultam de várias lutas, além do mais a UEFS como instituição pública, deve garantir o acesso e permanência de todos.Esse espaço não pertence só a uma classe social), não somos "excrementos", nem tão pouco "sanguessugas" ou simplesmente "criaturas interessantes", nem tão pouco estamos fazendo uma simples "graduaçãozinha". Sabemos que a liberdade de expressão é um direito de todos, no entanto, o autor do texto o extrapola em termos perjorativos, os quais incitam a desvalorização e rotulação do residente como uma figura deplorável e no mínimo negativa. É lamentável saber que alguém inserido no meio acadêmico reproduza esse tipo de ideologia e pior ainda que a direção da revista publique algo tão ofensivo e repulsivo. Ao ler esse texto para nossos colegas de classe, aqueles não demonstraram menos repulsa e indignação que a nossa. Além deles, o professor afirmou que "pessoas que possuem tal mentalidade, em relação aos residentes, também estão propensos à prática homofbica e à do racismo". Se há a mínima seriedade por parte desta Revista, exigimos uma retratação pública, e que esse tipo de ideologia preconceituosa não se faça presente nesta Revista. Afinal de contas, não somos "desocupados" pois, não perdemos nosso tempo em devaneios esfumaçados.

Ass.: Ana Célia Coelho; Inês Cerqueira; Ivanete Martins; Jacilene Marques

 
P. S.: Residentes oficiais com muito orgulho e seriedade. Somos pesquisadoras pela PROBIC/UEFS, portanto, não recebemos "salário" privilegiado. A nossa bolsa é fruto do nosso comprometimento com a nossa formação acadêmica, assim como a Bolsa Auxílio, a qual para o residente obter, se exige bom desempenho acadêmico. Portanto, antes de criticar, desmerecer nossas conquistas e ofender nossa moral, deveria-se buscar conhecer melhor nossa história e vivência na RESI.     

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