|por Rafael Almeida|
Nona rodada chega ao fim, Galo mantém a liderança
com uma virada espetacular em Santa Catarina. Não vi o jogo, mas o time do Atlético
se mostra equilibrado, principalmente com o jovem Bernard aparecendo um pouco
mais do que ano passado. Vasco assume a
vice liderança com a vitória em cima do lanterna e o empate do Flu no clássico.
A equipe de São Januário suou para vencer o fraco Atlético-GO, que poderia sair
inclusive com um empate com um pouco mais de sorte. O time goiano carimbou 2
vezes a trave e criou outras boas chances.
Como sempre o jogo que assisti foi do Flamengo,
dessa vez em Salvador contra o Bahia. A equipe da Gávea foi a campo com
desfalques importantes, principalmente levando-se em conta a falta de
substitutos. Wagner Love, Gonzalez, Leo Moura e Botinelli deixaram os setores
ofensivo e defensivo mais carentes do que já são. Frente ao contexto a equipe
Carioca lucraria bastante com um empate em Salvador, mas acabou saindo com 3
pontos graças à forte limitação ofensiva do Bahia. Não bastasse a limitação
técnica e os desfalques rubro-negros, o Bahia jogou mais de 45 minutos com um
homem a mais em campo, e ainda assim pouco criou. A equipe baiana pressionou na
base do abafa, levantando bolas na área na expectativa de furar a frágil defesa
adversária. O Flamengo suportou a pressão e achou o gol da vitória em uma
penalidade cavada por Ibson. Antes que a psicopatia das teorias da conspiração
entrem em ação, vale lembrar que se o árbitro tivesse entrado mal intencionado
não teria expulsado Luiz Antônio na primeira etapa, visto que foi um lance
polêmico, o qual muitos acharam exagero o 2º cartão amarelo. O Bahia perdeu
para si próprio, o time apresentou uma aridez tremenda de criatividade no meio
campo, deixando escapar a ótima oportunidade de garantir os 3 pontos contra um
Flamengo vulnerável e inofensivo.
A verdade é que o elenco tricolor é muito limitado,
se eu tiver de apontar bons nomes nessa equipe só conseguiria citar 3: Gabriel,
Souza e Lomba. Com 7 pontos, uma vitória em 9 jogos e amargando o Z-4, já se
pode acender o sinal de alerta tricolor. Se não contratar o risco do
rebaixamento é alto. Do outro lado, o Flamengo com a vitória fica a um ponto do
G-4, um intruso na parte de cima da tabela. A meta “nominal” da maior torcida
do mundo sempre será o título, mas esse ano nossa meta real (Flamengo + time)
são os 45 pontos nos livram da degola, então qualquer vitória deve ser muito
comemorada, mesmo os sensatos torcedores.
Rafael Almeida é Economista pela UEFS e Mestrando em Ciências Sociais pela UFRB.
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