|por Franklin Oliveira Jr.*|**
Agora já posso contar, sem sofrer retaliações de nenhum dos lados, o segredo que guardo comigo há muitos anos: Osama Bin Laden era baiano e nasceu na Ilha de Itaparica. Eu sei que muita gente não vai acreditar pois a ilha foi divulgada em todo o mundo como um oásis de tranquilidade. Mas isso é conversa do João Ubaldo Ribeiro.
Outra coisa. A CIA de Osama (oh me desculpem o ato falho), digo Obama, erra a informar que sua mãe era a décima esposa de um potentado saudita. É que o velho Mohammed, além desta penca de mulheres, transou com uma professora da ilha chamada Maria que estava passando as férias na Arábia Saudita em 1957. Só assim é que se pode explicar o amistoso de comemoração com o nosso maior clássico na Fonte Nova dez dias após o nascimento de Osama, que já nasceu sofrendo pois o rubro negro venceu por dois a um.
Essas informações são muito defeituosas. A CIA não sabe nada, deviam demitir todos os seus espiões. Nunca procuraram saber o que ele fez até os vinte e dois anos. Será que pensam que ele foi pra algum deserto da Arábia e não saiu de lá? Pois bem, vou contar agora o que estava fechado “a sete chaves”.
Ele teve três vezes em Itaparica pra ver sua verdadeira mãe. A primeira foi quando veio passar o seu aniversário de três anos na Bahia. Chegou no próprio dia dez de março e acabou passando mais de um mês. Foi por isso que acompanhou pelo rádio a grande final da I Taça Brasil entre Bahia X Santos torcendo, naturalmente, para dar “zebra”. Foi quando se tornou torcedor do EC Bahia.
A segunda vez foi em janeiro de 1965, quando iria fazer oito anos, e se agravou a crise no futebol baiano. A invasão da sede do Diário de Notícias (que aconteceu nesses dias para “pegar” o seu diretor Paulo Nacife) foi o primeiro ato de agitação de Osama. Ele mandou um bando de itaparicanos torcedores rubro negros pra tentar acabar com o boicote dos Diários Associados ao futebol da Bahia!
E a terceira foi pra passar o seu aniversário de dez anos. Na ocasião, também ficaria mais de um mês, a tempo de financiar o time do Leônico aprontando uma grande sacanagem com o EC Vitória e fazendo com que este ganhasse o único título de sua história tirando o tricampeonato da “boca” do rubro negro. Nessa época arranjou até uma namoradinha mas quando essa soube das bombas preferiu um bombeiro da Praça dos veteranos!
Depois disso Osama só se correspondeu com Maria por cartas. Chegamos a ler algumas pois ele estava se tornando o inimigo número um do Vitória. Era no tempo em que suas cartas ainda não eram, abertas pela CIA e agente podia ler sossegado. Foi por ela que soubemos que ele tinha se mudado pro Afeganistão. Posso dizer a vocês que isso se deu por dois motivos. Participar da resistência contra os russos que haviam acabado de invadir aquele país, mas também muita decepção com a CBD que colocou “gatos e cachorros” na tabela exculhambando o campeonato brasileiro! Aliás, foi por causa das pragas de Obama, digo Osama, que esta entidade foi substituída logo depois pela CBF.
“Osaminha” (como era chamado em Itaparica) ficou lá nas montanhas organizando e financiando grupos, até que conseguiram expulsar os soviéticos. Depois foi gastar seu dinheiro no Sudão. Comprou fazendas, montou negócios, inclusive com o dinheiro que recebeu dos norte-americanos pra ajudar a derrubar o regime de Kabul.
Foi nesta época que levou muita gente da ilha pra conhecer a África. Maria mesmo ficou emocionada ao conhecer o país de alguns de seus antepassados baianos. Dizem que mandou por alguns itaparicanos até dinheiro pro Paraná e Palmeiras que tiraram os títulos nacionais da Segunda e da Primeira Divisão do EC Vitória em 1992 e 1993.
Enquanto Osama estava “por cima” recebeu foi baiano em sua casa. Esses só estranhavam a sopa de camelo, mas quiseram logo se aproveitar desse negócio de ter várias mulheres. Mas, é justo que se diga, quando começou gente estranha a rondar a casa dele em função de suspeitas de ações na Argélia e no Egito os baianos nunca mais apareceram!
Em 1995 até sua mãe Maria deixou de ir. É que o culparam por um atentado fracassado contra o presidente do Egito Hosni Mubarak que queriam tirar desder aquela época. Também não é pra menos, é que Osama foi expulso do Sudão, perdeu sua cidadania saudita, seus amigos da CIA passaram a lhe perseguir e até o resto de sua família lhe virou as costas.
Mas a sua família de Itaparica nunca lhe abandonou. Afinal filho é filho! Nessa época Osama passou o tempo entre o Afeganistão e a Bahia. A CIA nunca o procurou na Bahia, também eles nem conhecem o mapa do Brasil direito achando que a Amazônia não faz parte do país! Vocês não podem esquecer que também Fernandinho Beira Mar ficou por aqui escondido muito tempo num iate na Baía de Todos os Santos e só foi descoberto quando parou de dar dinheiro para algumas pessoas!
Não tenho informações destas idas e vindas de Obama, digo Osama, a não ser as que me contaram. O que posso garantir é que havia deixado de ir á Fonte Nova quando soube que o Bahia estava em má fase. Mas o pessoal de Itaparica nos informou que ele estava lá no Afeganistão organizando a Al Qaeda e atuava junto com os Talibãs, também ex-aliados dos EUA.
Em agosto de 1998 começaria a ficar famoso. É que os seus ex-aliados da CIA dizem que este baiano esteve implicado no duplo atentado ocorrido nas embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia onde morreu ou foi ferido muita gente. O que não dizem, porém é que ele deu dinheiro ao time do Santos que derrotou o Vitória no próprio Barradão dois dias depois por três a um!
Osama virou então o inimigo público número um, do Departamento do Estado norte-americano e da torcida rubro-negra. Mas o que não podemos é inventar mentiras a seu respeito. Vários torcedores o viram na Fonte Nova no dia onze de outubro de 2000 enquanto a CIA diz que ele estava no atentado contra o navio norte-americano US Cole. Em quem acreditar? Aqui pelo menos não morreu ninguém, só a moral do Corinthians saiu meio abalada ao perder pro tricolor baiano por dois a um.
Depois disso deu pra vir mais á Bahia e presenciou vários jogos do Bahia que conseguiu em 2001 o seu último título. E como é que dizem que ele estava no Afeganistão no fatídico dia onze de setembro quando explodiram as Torres Gêmeas? Como é possível que ele tenha podido chegar nas montanhas daquele país se assistiu ao jogo Bahia 4 X 0 Atlético Mineiro no dia nove de noite? Naquele dia ele parecia mais interessado na quebra do tabu do Bahia não ganhar do Atlético do que na quebra do World Trade Center.
Com a invasão norte-americana ele adquiriu uma casa no Paquistão, onde sua mãe foi algumas vezes. Tinha gente que dizia pra ela ter cuidado mas Osama dizia que não se preocupasse pois havia um posto do exército paquistanês do lado da casa protegendo. Passou a organizar um verdadeiro esquema nas viagens pra Bahia. Como era muito grande se fantasiava de zagueiro contratado pelos clubes baianos debitando sua fala enrolada ao fato de estar jogando na Turquia.
Ele nunca mais apareceu em jogos pessoalmente, embora nunca o tenham incomodado no aeroporto Dois de Julho. O pessoal da “PF” as vezes o parava pra revistar suas malas, mas quando ele dizia que eram bombas e metralhadoras davam risadas e o deixavam passar. Bush dizia que se escondia porque os militares norte-americanos não o deixavam em paz, mas os baianos sabem da verdadeira razão, é que ele entrou em depressão com o fato do Bahia não ganhar mais títulos.
A unica alegria que ele teve depois de 2001 foi ver, finalmente, o Bahia subir pra Primeira Divisão no ano passado. Foi quando teve outra idéia que marcaria época e que seria transmitida pela TV, a implosão da Fonte Nova. Tem gente que diz que foi o governo do estado que providenciou tudo e contratou uma empresa pra acabar com o nosso histórico estádio.
Mas não posso acreditar que com a Fonte Nova com plenas condições de preservação de sua parte inferior tomassem a atitude. Por isso é que eu digo, essa foi a única ação de Osama que dá pra provar e que colocou as outras no bolso. Pra ele se a Fonte Nova não servia pra o Bahia ganhar títulos era melhor acabar, e implodiu mesmo!
Mas Osama não sobreviveria á maldição da Fonte Nova. Sua paixão pelo tricolor baiano fez com que ele morresse exatamente quando os dez anos do clube nessa situação foram comemorados no Barradão. Nem Obama aguentou o jejum do Bahia. A CIA diz que atiraram nele mas eu acho que ele preferiu meter uma bala na cabeça pois não sabia mais que desculpa arranjar pra justificar a falta de títulos tricolores.
*Franklin é Professor, desportista e historiador e Coordena o blog memóriasdafontenova.blogspot.com
**Agradeço ao Almanaque do Futebol Brasileiro, aos sites Futipédia e Wikipédia e aos blogs courin.com.br,ralph.org.br e pt.euronws.net.
*** O título original deste texto é Bomba, Bomba! Osama Bin Laden era Baiano!
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