|por Jhonatas Monteiro|
Talvez rememorar 2008 nos ajude no vindouro processo eleitoral de 2012. Para parte da esquerda, através de Marx, é conhecida a sentença de Hegel sobre a repetição na história: uma vez como tragédia, outra como farsa. Não sei se é possível sem alguma grosseria literária chamar de “trágica” a eleição de 2008 em Feira de Santana, mas ainda assim me reservo o direito de usar a palavra “farsa” para descrevê-la. Mais precisamente, que a pequena política dos candidatos de sempre, comprometidos com os costumeiros interesses dominantes, nada de novo trouxe à discussão dos grandes problemas do município. Considerando o sentido da palavra política, foi uma farsa: sem propostas radicalmente diferentes, não existiu conflito entre projetos políticos distintos – no máximo houve disputa de poder entre grupos rivais.