|por Lucho Teibol|
A Seleção da Colômbia participou em quatro edições da Copa do Mundo: 1962, 1990, 1994 e 1998. Depois de ser eliminada na fase prévia a caminho do campeonato na África do Sul 2010, completa 12 anos sem participação nessas competências mundiais.
Algumas das figuras mais importantes neste selecionado foram principalmente da década de 1990: Carlos 'El Pibe' Valderrama, Faustino Asprilla (Jogou com o Palmeiras), Freddy Rincón (ganhou varios campeonatos com o Corinthians), Rene Higuita (um grande e excéntrico goleiro), Iván Valenciano, Arnoldo Iguarán, Andres Escobar, Adolfo "El Tren" Valencia, Oscar Córdoba, dentre outros. Daquela época a grande lembrança continua a ser a grande vitoria por 5-0 da seleção Colômbia inspirada e brilhante ante uma seleção Argentina atrapalhada e sem idéias, nas eliminatorias para o Mundial de 1994. Aquele dia até o Diego Maradona teve que aplaudir.
Sua maior conquista internacional foi quando ganhou a Copa América na edição de 2001 realizada na Colômbia (sendo invicto em todas as partidas da liga). Como resultado, o time Cafeeiro jogou a Copa FIFA das Confederações em 2003, onde foi quarto. Na Copa América 2004 ficou em 40 lugar e em 2007 foi eliminada na primera fase.
Na Copa América de 2001, a Colômbia foi sede e lá, em sua própria terra, conseguiu o seu primeiro título internacional de sua historia. A Colômbia fez um excelente trabalho na Copa, e foi coroada campeã do torneio pela primeira vez e também sem sofrer nenhum gol no torneio.Graças a jogadores como Victor Hugo Aristizabal (artilheiro do campeonato), Oscar Córdoba, Iván Córdoba e Mario Yepes e seu treinador Francisco Maturana, quem voltou para a diretoria (foi técnico no periodo 1985-1994). No caminho para o título derrotou a Venezuela (2-0), Equador (1-0) e Chile (2-0) na primeira fase, nas quartas de final ganhou do Peru (3-0), na semifinal de Honduras (2 - 0), na final derrotou o México (1-0). Mas, tal vez aquela foi a Copa América mais chata, sem graça, sem muitos gols: sem a presença da Argentina – a qual recusou viajar pelo medo de ser vítima do conflito social e armado daquele pais- e o Brasil enviou um time de meninos comandados pela única estrela do grupo, Denilson de Oliveira; e como era de se esperar, a canarinha foi eliminada na primeira fase. Daquele time campeão, na seleção colombiana continua a jogar somente o zagueiro Mario Alberto Yepes, quem é um dos jogadores que mais vezes vestiu a casaca tricolor (mais de 80), sendo Carlos “El Pibe” Valderrama quem teve mais aparições com a seleção (111 vezes).
Nesta Copa América 2011, a seleção colombiana é formada na sua maioria por jovens, mas experientes jogadores em competências internacionais com respectivos clubes, muitos deles da Europa. A lista dos 23 selecionados é assim: os goleiros são David Ospina, quem joga no Nice (Fra) e Luis Martinez, quem joga no Once Caldas (Col), é o titular devido a lesão que teve Ospina. No setor defensivo estão os zagueiros Mario Alberto Yepes – Milan (Ita), Luis Amaranto Perea – Atl. Madrid (Esp), sendo estes dois os titulares; Aquivaldo Mosquera – América (Mex), Cristian Zapata – Udinese (Ita); os laterais são Pablo Armero – udinese (ita) e Camilo Zuñiga – Napoli (Ita), quem são os titulares nestas posições; além de Yulián Anchico – Pachuca (Mex), Juan David Valencia – Junior (Col). No meio campo, os chamados são Abel Aguilar– Hércules (Esp), Fredy Guarin – Porto (Por), Carlos Sanchez – Valenciennes (Fra) sendo estes os titulares; Gustavo Bolivar – Tolima (Col), Juan Guillermo Cuadrado – Udinese (Ita), Elkin Soto – Mainz (Ale), estes dois últimos são meias criativos mas que não fazem parte do time porque não se encaixam no modelo tático. Na lista de atacantes estão: Dayro Moreno – Once Caldas (Col), Adrián Ramos–Hertha Berlim (Ale), Radamel Falcao Garcia – Porto (Port), estes três são titulares, mas sendo o Falcao o único a jogar como ponta; Teófilo Gutierrez – Racing (Arg), Hugo Rodallega – Wigan (Inglaterra), Jackson Martinez – Jaguares (Mex).
Dentre as figuras colombianas se encontram Guarin e Falcao García, os quais (junto com o outro colombiano James Rodríguez) conseguiram que o Porto (Portugal) se consagrasse campeão da Liga Europa (antiga Copa UEFA) depois de vencer o Sporting Braga na final, graças a um gol do atacante colombiano Falcao, quem com 17 gols foi coroado como o maximo artilheiro da competição. Outras figuras importantes são os zagueiros Perea do Atlético de Madrid (Esp) e Yepes do Milan (Ita). Na Argentina, é muito conhecido o atacante Teófilo Gutierrez, jogador do Racing de Argentina, quem foi considerado melhor jogador da SuperCopa Turca com o Trabzonspor em 2009, e um dos maximos goleadores do torneio clausura de Argentina com 11 gols.
Por fora dessa lista de chamados ficaram excelentes meias criativos como o Macnelly Torres (Campeão com o Nacional –Colômbia), Giovanni Moreno (Racing-Argentina) mas quem ainda não se recuperou de uma lesão, e o Giovanni Hernández (Junior – Colômbia).
Na primeira fase a Colômbia fez parte do Grupo A ao lado de equipes da Argentina, Bolívia e Costa Rica. O dia 2 de julho ganhou da Costa Rica (1x0); o dia 6 de julo dividiu com a Argentina (0x0) e encerrou o día 10 de julho a primeira fase com vitoria ante Bolivia (2x0), a qual foi embora do campeonato . Desse jeito, a Colômbia garantiu a passagem para a segunda fase para si mesma e para as seleções do Chile, Peru e Venezuela.
A formação principal da equipe colombiana nesta Copa é com Luis Enrique (o “Neco”) Martinez na portaria; Camilo Zuñiga, Luis Perea, Mario Yepes e Pablo Armero na defesa; Carlos Sanchez jogando como um terceiro zagueiro mais adiante e perto da primeira linha; no meio campo Fredy Guarin, Abel Aguilar, Dairo Moreno, Adrian Ramos; e como único atacante Falcao Garcia.
Esse esquema tático da seleção colombiana nesta Copa América é muito conservador (4-1-4-1), sem dúvida. Nele a ordem é a maior preocupação, manter o equilíbrio entre defesa e ataque é a obsessão do diretor técnico “Bolillo” Gómez. Nesse esquema tático os atacantes são os primeiros defensores. Mas por enquanto deu resultado: a Colômbia se colocou primeira do grupo A com 7 pontos, seguida por Argentina com 5 pontos, Costa Rica com 3 pontos e Bolívia com 1. A sua portaria até agora não recebeu gol, nesse sentido O “Bolillo” pode se sentir satisfeito, mas o grande problema é a falta de definição dos atacantes. Nos três jogos que o time jogou na primeira fase da Copa América, criou 30 opções para marcar, dez por jogo em média. Mas no final, houve apenas dois gols com a bola em movimento (Adrian Ramos contra a Costa Rica depois de um passe de Fredy Guarin e Falcao Garcia quem fez o primeiro gol no jogo contra a Bolívia, depois de uma corrida de Dairo Moreno). O outro foi produto de um penalty após uma falta sobre o Pablo Armero.
Este é um time que gosta de chegar à meta contrária com a bola colada ao chão, apesar de não ter um bom meio campo criativo. Tem um único homem como ponta (Falcao García), mas na prática, avançam para atacar três ou quatro ou seis homens, segundo a circunstancia: além de Falcao, pelas bandas estão constantemente caindo Adrian Ramos e Pablo Armero pela esquerda, e Camilo Zuñiga e Dairo Moreno pela direita, mas sem muita eficácia e sem muita criatividade. Está faltando o fator sorpresa e a determinação que poderiam aportar um meia como Elkin Soto ou um atacante como Teo Gutierrez.
O desempenho da Colômbia na Copa tem sido bom. Na defesa está sua prinicpal força, é um time muito tático. Ele também tem tem sido capaz de sustentar uma vitória por 1-0 e terminar com esse marcador. No meio-campo o trabalho de Sanchez, Aguilar Guarín, é excelente. Moreno e Ramos também circulam constantemente à procura de espaços, e Fredy Guarin ou Abel Aguilar, um dos dois meio-campista centrais, apoiam desde atrás com passes em profundidade, como aconteceu no primeiro jogo do torneio. O problema é a falta de criação de jogadas na ofensiva. Bolillo montou uma equipe para jogar como visitante, para fazer pressão e não deixar o adversário jogar. O que está em jogo é como “prejudicar” o rival quando o outro não deixar jogar você. Falta um grande jogador que saiba adminisitrar o tempo, que crie espaços, saiba enganar e coloque aos atacantes em posição de fazer os gols. As vitorias somente se conseguem fazendo gols.
Nas quartas de final os colombianos enfrentarão à seleção peruana (melhor terceiro). Está chegando o momento em que tudo pode acontecer, mas também o momento em que os diferentes times devem mostrar suas capacidades ofensivas. Na segunda fase a condição do mata-mata consitui o elemento mais dinámico e interesante que vai nos mostrar o que há de bom neste torneio que já teve muitos jogos chatos e muitos resultados divididos. Já é hora da seleção e o Bolillo nos mostrar para que serve a tal ordem tática e se esse processo que se inicia nesta Copa América vai conseguir que a Colômbia possa novamente participar numa Copa Mundial, a qual faz muito tempo que não se chega nem de perto, pois segundo o Bolillo o foco da equipe é a classificação para o torneio que vai se realizar no Brasil em 2014. Mas que pode ser uma maneira de ele tirar a pressão de suas costas na presente Copa América. Só resta esperar.
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