Charla Jânio...

|por Conselho Editorial|


Numa manhã ensolarada na Praça do Borogodó, UEFS, o Jornalista Potifeirense, como o mesmo se denomina, Jânio Rego entra num bate papo agradável e interessante. Fala-se um pouco de tudo, de Feira, das Rádios , da possibilidade de um Grande Jornal Impresso em nossa cidade, regulamentação dos meios de Comunicação e sobre José Ronaldo... Dê uma olhada e vamos debater Fêra...

3 comentários:

15 de abril de 2011 às 05:08 Anônimo disse...

Gostei. Penso que ele não vai ser de "bater e sair correndo", porque essa discussão precisa ser ampliada no blog dele também. Excelente provocação essa de falar do papel das rádios em Feira de Santana. Mesmo com uma audiência muito grande - meio de comunicação bastante recorrido pelos setores populares da cidade - o espaço desses segmentos é muito pequeno e continua sendo limitado conforme os interesses dominantes, como o restante dos meios na cidade. Seu maior espaço ainda se divide entre sangue jorrado (nas reportagens policiais) e ringue para as figuras políticas de sempre. Enquanto isso as rádios comunitárias continuam sendo perseguidas por "autoridades" que não sabem nada da cidade e se limitam a criminalizar a liberdade de expressão e a organização popular.
Essa liberdade de imprensa do jeito que está hoje no Brasil é resquício dos atos institucionais do antigo regime militar.

15 de abril de 2011 às 07:31 Mille disse...

Eu, como advogada de muitas rádios comunitárias, espero o dia em que o Ministério das Comunicações atue de forma eficaz, com celeridade, na análise dos processos administrativos que requerem permissão para executar os serviços de radiodifusão, respeitando assim -- e fazendo respeitar -- o direito universal à Comunicação!

15 de abril de 2011 às 09:17 Jhonatas disse...

Também gostei, uma vez que a entrevista tocou em questões importantes da sociabilidade feirense como as ambiguidades das rádios e o predomínio da “pequena política”. Não obstante, o ponto mais interessante diz respeito à própria forma como a Fêra tradicionalmente tem sido pensada: a “modernidade” por aqui é afirmada sempre como imitação de “modelos de desenvolvimento” (vide o caso recente dos viadutos), geralmente antagonizando com a rica experiência cultural de cidade-encruzilhada que nos constitui. Obviamente, essa imitação obedece a interesses muito concretos, já que é através desse “macaquear” que as elites políticas e econômicas locais se viabilizam. Não à toa, características populares fortíssimas da cidade, como a presença das múltiplas feiras ou o trânsito cultural aqui presente, são relegadas à marginalidade no debate público e consequentemente nas políticas públicas. Afinal, essa perspectiva elitista, que de uma forma ou de outra “dá a linha” em Feira de Santana, não tem nenhuma disposição de reconhecer o povo como construtor ativo da cidade.

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