Volte Sempre ...

|por Rafael Almeida|

Galo brigando pelo título; Flamengo lutando para não cair; 1º jogo de Ronaldinho contra seu ex clube, e na casa do adversário. Cenário perfeito para um grande jogo. Mas o ocorrido foi nada mais que o cumprimento rigoroso do script histórico, no qual o Galo mineiro treme ao ver as listras rubro-negras e abre as pernas para ser sodomizado pelo seu garanhão oficial.

O Flamengo, que está longe de ser grande coisa, dominou o jogo nos 90 minutos e teve uma vitória merecida. O Atlético teve atuação apagada, se resumindo quase sempre a tentar bolas alçadas na área quando esteve atrás do placar. A mulambada respira aliviada, abre 7 pontos da zona da degola e pula para a 10ª colocação. Mas melhor do que isso é ver o Flamengo em evolução, que não se resume aos placares. Nos últimos três jogos a cambada de Dorival resolveu tomar vergonha na fuça e jogar algo próximo do aceitável para quem tem uma constelação na camisa. Cleber Santana por enquanto está caindo bem no meio, mas ainda é preciso esperar para fazer um comentário mais consistente. Vagner Love, apesar da conhecida limitação técnica, tem sido bastante útil, merece sempre o perdão pelos erros cometidos constantemente. Mas o destaque rubro-negro é Wellinton Silva, que eu suspeito seriamente que está possuído pelo capeta. O moleque jogou um bolão nas ultimas 2 partidas, sapecando a língua de 35 milhões de flamenguistas (inclusive a minha).

É preciso reservar um espaço para falar do nome do jogo. As circunstâncias e a falta de Bernard exigiam de R49 uma atuação de gala, mas o “vaga-lume” foi discreto nos 90 minutos e pouco criou diante da forte marcação rubro-negra. Além da atuação apática, o dentuço ainda protagonizou um lance lamentável, ao descumprir a norma ética do fair play. Lamentável também foi a agressão do zagueiro Réver em Cáceres, o que de quebra deixou o Galo ainda mais impotente, com um jogador a menos.

O diagnóstico da partida é que o Flamengo, Flamengou mais uma vez. Cresceu diante de um time teoricamente superior e venceu a partida com autoridade. O Galo perde uma grande chance de encostar no líder e segue em queda livre. São 3 vitórias em 11 jogos. A situação estaria pior se o Fluminense não tivesse perdido pontos bobos também.

No momento que encerro esse texto já leio no twitter que Cuca está chorando (surpresa heim?) pela não expulsão de Cáceres. Com um técnico que tem cara e atitude de derrotado, esse time do Galo definitivamente vai continuar na fila, que já dura 41 anos.

Rafael é Economista pela UEFS , agora Mestre em Ciências Sociais pela UFRB e Flamenguista.

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