Só Love, Só Love ...

|por Rafael Almeida|

Pavorosa é a palavra mais adequada para designar a atual situação do Flamengo. Em 4 jogos no Brasileirão foram 3 empates e 1 vitória, número não tão horrível, mas não fosse a sorte poderia ser bem pior.

Os dois últimos jogos representaram a realidade do time sem R10, que não mudou muito. Joel quarta entrou com os tradicionais 4 volantes, deixando Botinelli de fora para por Renato, o Intocável. Pela escalação rubro-negra e pelo adversário, dava para perceber que o jogo ia ser duro, de assistir. As expectativas foram confirmadas, os volantes do Flamengo nada criavam, sobrou para Love, jogando de meia e atacante ao mesmo tempo. A Ponte também não foi uma grande ameaça e o placar acabou sendo justo. Poderia ser pior para o rubro-negro, que empatou no final e a defesa “se esforçou” para levar mais de 2 gols.

R10 faz falta, quando se percebe que um jogador que não marca e cria pouco faz falta, é porque a coisa está feia. Acontece que o único homem rubro-negro com capacidade técnica para colocar alguém na cara do gol era ele, então mesmo fazendo isso só de vez em quando, o gaúcho deixou o time carente de criação. Fato que poderia ser amenizado se Joel tivesse colocado Botinelli como titular, nosso único meia. Outro aspecto que faz o time sentir a falta do atacante é a visão de jogo e o toque de bola no campo de ataque. Nenhum de nossos volantes sabe parar a bola, levantar a cabeça e tocar.

No geral, o time teve uma atuação horrorosa na quarta e razoável no sábado, salvando-se dos xingamentos a metade da frente, que contou dessa vez com a presença de Luiz Antônio, um dos poucos do time que passaria novamente pela peneira. A metade de trás (defesa) proporciona constantes sensações de Deja-vú na torcida, a toda bola que chega próximo da área e a toda vez que abrimos o placar. Fazer gol no Flamengo atual é mais fácil do que roubar dinheiro de cego. Sábado no Engenhão abrimos 2 a 0 no placar, e a sensação de Deja-vú foi inevitável, principalmente depois de levarmos o primeiro. Mas o Coritiba não aproveitou as chances que a zaga deu e Hernane matou o jogo aos 44’ da etapa final. É inconcebível um time jogar com 4 volantes e dar tanto espaço. São peculiaridades do nosso treinador “jênio”. Importante destacar que pra variar, Love foi de novo o melhor em campo.

Jogando dessa forma o Flamengo tem muito a comemorar pelos resultados até o momento, já que a meta mais sensata visa os 45 pontos que nos garantem na elite. Patrícia, torcedora de mesa de bar que se meteu na missão de administrar o maior clube do mundo, vai dando uma cabeçada atrás da outra. O Flamengo que cresci vendo sempre foi uma zona, mas hoje as meretrizes da Gávea não sabem mais o que tem que fazer. Quero minha zona de volta! Fora Patrícia! Fora Joel!

Rafael Almeida é Economista, Flamenguista e Mestrando em Ciências Sociais pela UFRB.

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