O Inicio do Fim

|por Paulo Moraes|
O Futebol passa por um momento de fortes debates, sejam eles no cenário Nacional ou Internacional. No aspecto Brasileiro o debate central é sobre a Organização, pois com a queda de Teixeira e os fracos Estaduais parece que uma reviravolta no nosso Futebol seja possível. Quando vamos para fora o debate não é organizativo, mas revolucionário já que parece que duas Lendas estão perto de cair, o Santos de Pelé e o Próprio Pelé.

O Futebol Brasileiro sempre foi organizado a partir de uma Regionalização dos Grandes Torneios, no seu inicio isso era até aceitável, pois um país deste tamanho em que as estruturas de locomoção sempre foram terríveis era difícil a sua organização nascer nacional. Entretanto, a partir de 1959, com o inicio dos Torneios de caráter Nacionais, antes disso o que ocorriam no Máximo eram torneios Entre Estados, poderia ser que o Futebol se nacionalizasse, mas isso não ocorreu devido à organização da Taça Brasil, em que só participavam os Campeões Estaduais, ou seja, para participar de um Torneio Nacional era preciso passar por uma etapa Regional.

Essa forma permaneceu até 1969, último ano da Taça Brasil, e foi substituída pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa e depois se transformou em Campeonato Brasileiro em 1971. Daí em diante era possível pensar em um Futebol Nacionalizado, em que diversos Estados teriam pelo menos um Grande Clube e que representasse uma identidade com o seu Povo, mas isso não ocorreu. O Futebol Brasileiro continuou regionalizado, pois o Futebol Nacional era coisa de uma parte da temporada e a outra continuava com os Estaduais e isso perdurou até 2003.

Com o advento dos Pontos corridos tudo mudou, a maior parte do Calendário passou a ser nacionalizada, mas o Regionalismo não morreu, apenas se transformou. Com a Falência cada vez mais nítida dos Estaduais foi preciso uma falsa Nacionalização do nosso Esporte Bretão, em que 4 Estados, centralmente 2,  são o Futebol Nacional. Isso parte de uma premissa que é que nossa Imprensa também sofre desse deformismo, em o que é Nacional é o que passa na Carioca Rede Globo ou saí na Paulista Folha.

Para uma verdadeira transformação no Futebol Nacional e que assim possamos enfrentar o poderio do Futebol Europeu nos aspectos organizativos e financeiros é preciso uma verdadeira Nacionalização do nosso Futebol, em que os Estaduais sejam transformados em torneios para que os Times que não estejam em nenhuma divisão Nacional possam competir por uma das vagas para a última divisão Nacional e para a Copa do Brasil.

Na outra linha do debate, essa Semana ouvimos duas perolas vindas de pessoas importantes do Futebol Nacional, do Diretor de Seleções da CBF e do Rei do Futebol., que mostra bem a inveja misturada de medo que paira no Futebol Brasileiro com o Ascenso do Barcelona como o maior time de todos os tempos e Messi como, quem sabe, o maior Jogador de todos os tempos.

É claro que esses títulos não serão fáceis de serem aceitos em terras tão ufanistas, mas creio que possamos começar apontar metas para isso. Ao Barcelona creio que ao fim desta temporada ele já possa ser Chamado de Maior Clube de todos os Tempos, principalmente se conseguir Ganhar tudo que disputou. Para Messi falta pouco, porém a tarefa é mais árdua, a Primeira é Vencer a Copa de 2014 e a segunda se tornar o maior artilheiro de uma mesma Copa e no Somatório das Copas. Agora é aguardar e deixar a História nos revelar quem estará certo para decretar o Fim de uma Era.

Paulo Moraes é Pai de Luisa, Esposo de Renata, Historiador e Torcedor do Bahia.

1 comentários:

12 de abril de 2012 às 17:12 Marcos Rosa disse...

O Santos pode até cair, mas o Pelé acho difícil. O argentino ainda precisa comer muita grama.

algunsfilmes.blogspot.com

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