Lançamento da Transa Revista nº 1


Nesta última quinta-feira, durante todo o dia, soprou uma brisa agradável. Quando o sol, o sol mais quente da semana, se pôs no céu aberto e alaranjado de Feira, um clima ameno foi reservado a quem compareceu ao lançamento da Transa Revista, n°1, no MAC. 

Estava marcado para 19:00h, porém... e trantando-se de Brasil neste particular há sempre um porém, o lançamento foi esticado uma hora. Ederval Fernandes, aparentemente o orador oficial, apresentou ao microfone e Uyatã Rayra, Dolores Rodriguez e Caio Augusto serviram as revistas aos presentes numa bandeja. Estava lançada a Transa.


O evento também reuniu outros atrativos; Edson Machado, curador do MAC e figura ilustríssima de Feira, expôs num tabuleiro todos os exemplares das edições MAC, que vão de poesia a cordéis de autores feirenses, e anunciou a reedição de alguns números (todos os detalhes desse quixotesco empreendimento editorial são achados na própria Transa, numa matéria especialmente dedicada a Edson Machado); ainda pelo selo do MAC, saiu o livro do poeta estreante Ederval Fernandes (sim, de novo ele), Conta Corrente, pela coleção Nova Letra, dedicada à publicação de jovens autores de Feira.

Este escrivão aqui também teve o prazer de contribuir com o evento, junto a três amigos, Enia, Gibran e Bande. Nosso grupo chama-se improvisadamente de “Bande, Davi, Enia e Gibran”, não necessariamente nessa ordem.  Além da nossa apresentação musical, o lançamento contou com a intervenção teatral de Arailton Públeo e a arrasadora apresentação do grande artista feirense, o cantor, compositor e andarilho Pisa.


No release de divulgação do lançamento a Transa estampou a frase que seria o mote do projeto: “Falhar de novo. Falhar melhor”. Com um mistura calculada de humildade e ironia, o lema aponta o comprometimento da equipe com o constante aprendizado, que se aprende fazendo, errando A impressão inicial do n°1 foi positiva. Nos salões e corredores do MAC viam-se as pessoas folheando a revista, se familiarizando com os títulos e ilustrações. Todos de volta para casa, pudemos ler pausadamente, com a devida atenção. Difícil destacar um ponto isolado, tal texto ou tal ilustração. A verdadeira e mais justa impressão que esse novo número causa é a de amadurecimento do ofício da comunicação, quanto mais se comparada ao n°0. E em meio às falhas (que no fim das contas não são essas falhas todas), em alguns momentos pescamos no ar laivos de virtuosismo. Enfim. O que gostaria mesmo de destacar passa a margem da revista, fisicamente falando.

A revista em si é um começo, é o solavanco inicial de um círculo de relações que se quer melhor, porque é nosso e porque temos que velar pelos nossos e por nós mesmos (sim, senhores, estou falando de moral.) E isso a Transa tem conseguido fazer: ser o epicentro de pequenos tornados em Feira de Santana. A cerimônia de lançamento, reunindo tantas figuras humanas riquíssimas, que brotavam no salão do MAC em todos os cantos, é um exemplo do que estou querendo dizer (e espero que os senhores estejam ouvindo, pois, como todos devem saber, a incomunicabilidade fundamental humana costuma ser imbatível). Mas deixem-me parar por aqui, que por desvio de temperamento e intricadas convicções, sou levado a achar que os elogios públicos bons são elogios curtos.

E, vá lá. Vida longa à Transa.

Texto de Davi Lara, retirado do blog "Língua & Meia" (www.linguaemeia.blogspot.com), do Diretório dos Estudantes de Letras - UEFS. Fotos: Mari Dolores.

3 comentários:

14 de maio de 2010 às 16:15 wilneto disse...

nem acredito q li isso, q visitei esse blog. Queria desconhecer a existência de + uma inutilidade, mais um desperdício de papel e tinta, de teclas e telas. Como o povo não cansa de ser ridículo, de se acharem o que estão longe de ser em tempo e capacidade. Quando acordarão p/a realidade, meu Deus? quando cairão na real(idade)? Quando vão se por em seus lugares e se posicionarem como +1 deste século? que o que se iludem e buscam ser já não existe... se toquem, se "manquem", se enxerguem, DESISTAM de tanta palhaçada, pois é a isso q se resumo tudo isso, ou melhor, todas as "artes" hahahhahah... a unica vantagem é que me fazem rir ... só tenho pena de vcs ... so posso chamá-los de coitados!

16 de maio de 2010 às 18:56 Ederval Fernandes disse...

Assim eu choro, Wilson. Buáááááááá!

17 de maio de 2010 às 10:26 DSL disse...

Já dizia o retumbante Tim Maia, "Um nasce pra sofrer, enquanto o outro ri".

(DSL é a abreviação de Davi Santana de Lara, autor do texto)

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