Ré laços

 
Dedico este texto ao Sol da festa.




As possibilidades são infinitas, mas uma das que tenho mais observado em minhas vivências são as relações regressivas, eu diria, do espírito ao animal. Este tipo de relacionamento pode ser descrito num “fluxograma de sete passos”, através dos pontos de concentração energética do corpo, os chakras que se desencadeiam mais ou menos da seguinte forma:

Elas começam ao nível do topo cerebral no Chakra da Coroa*, em que as relações são iniciadas sendo assim percebidas em âmbito inconsciente, assim podem ser claros e evidenciados através dos sonhos, tendo caráter altamente simbólico. Em seguida parte para o Chakra da Fronte*, dos pensamentos, um segundo passo para a construção relacional, simbolizado nos “três olhares” da freqüência mental, expressando a troca principalmente pelos olhares, que antecede em breve o terceiro passo, que pode ser facultativo, digo isso já que às vezes é inevitável, o Chakra da Garganta*. Vibrados a sons revezados agudos e graves, as cordas de vocação tocam em mesmo tom, dando ritmos compassados que formam a “tão” (Tao? :)) conhecida fala, este meio de comunicação muito utilizado em pleno século contemporâneo. Depois de tantas trocas, os laços já estão firmes o suficiente para trocar sentimentos, que estão muito bem sentidos e simbolizados no Chakra do Coração*. O maestro bate incessantemente ao compasso do ambiente, de melancólico a frenético êxtase, metamorfoseia os sentimentos, que infinitos e coloridos, um pouco menos para os daltônicos, preenchem a coluna de sustenção dos relacionamentos – é um dos pontos principais, se é que algum pode ser ignorado.

Passados pelo eixo central vamos a um futuro próximo, o Chakra Solar*, que seria o indivíduo da relação coletiva, ou seja, ambas as partes pensam em algum momento dentro da relação em si mesmas, julgam valores, interesses e desejos que vão resultar em ações posteriores dando rumo a relação. Esse chakra tem como arquétipo o Servo ou o Guerreiro. Em seguida um dos chakras mais cobiçados na contemporaneidade, que é expresso explicitamente na sexualidade, o Chakra do Sacro*, sendo o ponto do toque íntimo, carnificando o que antes habitava somente o espírito. É claro que tanta intimidade e aproximação requer escolhas, e numa era de vícios é explícita tanta confusão de identidades, que penso eu, ser por causa dos prazeres e bem estar que essa parte da relação nos traz. Realmente o gozo do poder da criação é lubrificante de idéias, nos co-move em direções lúdicas, trabalhosas, estreitas, alucinantes. Ao final, o ciclo é fechado no Chakra da Raiz*, que simboliza perfeitamente a base existencial. Nem todas as relações chegam neste ponto, pois a proximidade é peculiar a poucos que fazem parte de nossas vidas, e aos poucos que fazem, nem todos se aproximam a ponto de alinhar os setes pontos vitais de concentração energética.

Numa era de separações dos indivíduos, as necessidades de relações humanas se tornam cada dia mais intensas, como se os relacionamentos e as trocas fossem uma ajuda a nós mesmos, a humanidade.

Diego Pascoal.

* Wauters, Ambika, Journey of Self Discovery (As Varias Etapas da Autodescoberta), Cultrix, São Paulo, 1996.

2 comentários:

21 de abril de 2010 às 17:25 Unknown disse...

E meio a tantos laços que nos fazem relembrar...ficamos mesmo sem acreditar já que tudo está tão planejado...mas na quimica da alma nos vemos...e sentimos tudo o que nos move...da carme ao espírito...do inconsciente que teima em se tornar consciente quando já existiu até o alicerce, a raiz do sentimento que nutre toda nossa energia...

21 de abril de 2010 às 17:25 Unknown disse...

E meio a tantos laços que nos fazem relembrar...ficamos mesmo sem acreditar já que tudo está tão planejado...mas na quimica da alma nos vemos...e sentimos tudo o que nos move...da carme ao espírito...do inconsciente que teima em se tornar consciente quando já existiu até o alicerce, a raiz do sentimento que nutre toda nossa energia...

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