O Carnaval da Originalidade



O resgate dos pierrôs e das colombinas marca o carnaval carioca e leva os foliões a transformarem-se com suas fantasias. É o carnaval das contradições, de um lado a  elite desvendada no sambódromo e personificada na figura das escolas de samba e de outro o carnaval da democracia representado pelo povo nos seus bairros. O “glamour” do sambódromo não apaga a alegria das festas nos bairros, pois a sapucaí é mais uma opção, e não a única. A festa espalha-se nos bairros e faz questão de relembrar as origens do carnaval com as antigas marchinhas. 






O carnaval “carioquês” é uma manifestação que atinge a todos desde crianças até vóvos promove a miscigenação de culturas que aqui vêem inicialmente com a curiosidade e logo contribuindo com a sua alegria. A mistura das lindas paisagens carioca com o  sorriso das pessoas deixa o clima ainda mais mágico são dias especiais. Mesmo áqueles que já conhecem algum carnaval se encanta com a sua originalidade.

É um momento que mistura a inocência das crianças com a sensualidade dos adultos sem que essa heterogeneidade cause constrangimento, pois tudo ocorre com a mais pura sinceridade. Não se vê tristeza o que se sente é um saudável euforismo. Há também os que preferem casar o banho de mar com pular atrás das “bandinhas”, essa é também uma das diversas opções que atraem os foliões.


A manifestação “carna-carioca” encanta turistas vindos de outros países e também aqueles de outros estados brasileiros. É bonito de ver os turistas, “gringos”, se deliciarem com a alegria do povo brasileiro, esses muitas vezes não acreditam no que estão vendo, o gingado, a musicalidade, o ritmo, as paisagens, e o conjunto de tudo envolve-os de maneira tal que por vezes confundem-se com o fascínio do carnaval carioca.

Não só os poetas podem cantar as maravilhas do carnaval fluminense, pois essa manifestação de alegria pertence a todos que aqui vivem, escolheram para viver ou mesmo conhecer.


Qualquer cidadão que aprecia um movimento cultural sem preconceito deve conhecer o carnaval carioca, assim vai se sentir à vontade. Não há quem não queira voltar, não há nem mesmo quem queira partir.

por Andrea Ferreira ex-aluna da física da UEFS, atualmente mestranda da PUC-Rio e esposa do Éricuzinho.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------



Aqui encerramos essa coluna, que retratou as primeiras experiências  de três sujeitos nos maiores carnavais do Brasil.
Ano que vem voltamos, pois todo ano tem Carnaval!

0 comentários:

Postar um comentário