O nipônico Yasumasa Morimura










| por Dolores Rodriguez |


 
Yasumasa Morimura nascido em Osaka, Japão.



Criando com ambigüidade, tenta chegar ao limite tênue entre o que seria pintura e o que seria fotografia em seus trabalhos. É surpreendente como consegue mostrar realidade e ficção caminhando juntas. É ele quem aparece em todas essas obras :







Recria obras já conhecidas fazendo substituições de partes do seu corpo ou do próprio rosto nas originais.






(Releitura de Diego Velazquez, Infanta Margarita)








(Releitura de auto-retrato de Van Gogh) 





















 (A Requiem Vietnam war - Releitura da famosa fotografia na Guerra do Vietnã de Eddie Adams)










 
Além de se valer da apropriação, também é mestre da pintura, da maquiagem e da manipulação digital. Transita por todos esses meios e ficou conhecido pelo uso da história da arte para produzir seus auto-retratos, ao mesmo tempo em que desconstrói, subverte e presta homenagem aos artistas de que se apropria. O mundo todo pode ser Morimura. E Morimura pode ser o mundo todo.





































































(Releitura de Audrey Hepburn)












 (Releitura de Liza Minelli)



































































 

(To My Little Sister  for Cindy Sherman 1998)











 (White Marilyn)
















 (Marilyn Monroe)














 (Brigitte Bardot)










 (Greta Garbo)



















 (Monroe)































Além da apropriação o dualismo é a característica vital de seus trabalhos: tradicional e contemporâneo, Oriente e Ocidente, masculino e feminino...
O eixo determinante de sua obra é a busca por uma identidade ligada a uma espécie de denúncia das imposições culturais do Ocidente sobre o Japão.
Morimura aponta como suas maiores influências Marcel Duchamp e Andy Warhol.









 











(Obra de Duchamp, "Rrose Selavy")






(Releitura de Morimura)






















Umas das suas mais recentes reproduções/criações se concentram na obra da pintora mexicana Frida Kahlo.





























 










Utiliza a fotografia como recurso, mas se recusa a ser chamado de fotógrafo.

2 comentários:

19 de março de 2010 às 08:34 Unknown disse...

Um intertexto muito bacana.

19 de março de 2010 às 08:44 Anônimo disse...

"Utiliza a fotografia como recurso, mas se recusa a ser chamado de fotógrafo.'

fotografia, não é SÓ técnica e equipamento. é TAMBÉM. a sensibilidade, a maneira de expor para os outros o seu olhar sobre o mundo (mostrando-se nele, inclusive) SÃO também.
É, também, a maneira de brincar com os acasos. É postura - que não é o mesmo que intransigência. É se abrir para os olhares dos outros, porque são eles que completam a comunicação. assim é que as verdades são desnudadas.
Gracias, equipe Transa. Gracias, em especial, para a ayabá que com graça, com dolo, com dor, caminha com essa coluna.

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