6ª etapa do campeonato de pôquer é sucesso: membro da Transa Revista Uyatã Rayra sagra-se campeão mais uma vez


Se vocês me perguntarem porque 20 marmanjos estariam se reunindo num sábado à tarde para jogar um carteado e estarem dispostos a ficar lá até duas horas da manhã, eu digo a vocês que lá nos Estados Unidos deve acontecer muito pior: portanto, fiquemos tranqüilos.

Neste sábado foi realizada a 6ª etapa do Campeonato Feirense de Pôquer com direito a fortes emoções e muitas decepções para alguns. O humilde sujeito que aqui escreve, ficou num singelo 7º lugar, mas foi parabenizado pelos demais por “ter chegado até ali”, já que era minha primeira vez que jogava pôquer dessa forma.



 


A comunidade feirense de pôquer vem realizando um campeonato bastante organizado e respeitando sua periodicidade. Infelizmente, mais nenhum campeonato semelhante ocorre na cidade, e a mídia não parece interessada em acompanhá-lo, por todos os motivos óbvios que já estamos cansados de saber.

A 6ª etapa começou com 3 mesas simultâneas: duas de 7 e uma de 6 jogadores. Toda vez que alguém saía, era remanejado para outra mesa a fim de equilibrar o número de jogadores em cada mesa, e todas elas tinham direito a crupiê! Só faltou aquele instrumento que parece um rodo de pia para puxar as fichas!

No início eu estava fundamentalmente nervoso, e não estava mostrando-me ousado. Mas, jogando assim humildemente, cheguei à mesa final. Nesta, fui o terceiro a sair. Já estava com poucas fichas mesmo, e resolvi não utilizar nenhuma grande estratégia para ganhar, pois meu intuito era apenas observar como era a primeira vez.

A participação de Uyatã, porém, fora completamente diferente. Antes de chegar à mesa final, Uyatã desistia de várias “mãos” e levantava para ir observar o jogo dos outros. Segundo ele, sua mente estava “apertadíssima” e o jogo estava “barrote, pivete”. Quando ele chegou à mesa final, fiquei triste: suas fichas no jogo eram as menores, pouquíssimas. Ele deveria sair em breve.

Mas, numa rodada, ele apostou tudo que tinha. Era tão fraco o seu “tudo que tinha” que quase todos os outros resolveram cobrir sua aposta. E Uyatã, nervoso, a ponto de desmaiar, declarou: “Vou ali dar uma volta e volto”. Quando voltou, todos estavam gritando seu nome. Ele havia ganhado. Estava de volta ao jogo.

Já era mais de meia-noite quando quase todos já tinham ido embora e só restavam quatro na mesa, Uyatã entre eles. Eu já estava sendo o crupiê, dando as cartas. Geralmente, na parte final o jogo pode durar uma eternidade. Eu calculava que só sairia de lá umas três ou quatro horas da manhã. Então, Thiago, um dos jogadores, apostou tudo que tinha (isso é chamado de “all-in”). Os outros dois jogadores, Matheus (presidente da comunidade e anfitrião da casa onde aconteceu a 6ª etapa) e Vitor, não arriscaram. Mas Uyatã pagou. E ganhou. Thiago ficou em 4º lugar.




Depois de poucas rodadas, mais um all-in: Matheus. Vitor não quis saber. Uyatã surpreendeu a todos e pagou. E ganhou.

Quando todos esperavam um jogo lento e angustiante, na primeira rodada só com dois na mesa Vitor deu all-in. Uyatã pagou...

E ganhou.

E, com isso, ficou em primeiro lugar duas vezes consecutivas, pois havia ganhado a etapa anterior. Agradeci por o jogo ter terminado mais rápido, pois queria ir para casa dormir e, confesso, estava dependendo da carona de Uyatã.

O mais importante é que Uyatã e que uma vitória dele é uma vitória da Transa Revista. Seguindo esta linha de raciocínio, ele deveria repartir o prêmio que ganhou com todos nós! Sim! O que é seu é nosso, meu camarada Uyatã! Me dê 14% do que você ganhou! Hahahahahahahahaha!





1 comentários:

29 de março de 2010 às 22:51 Matheus Barros- CFP disse...

Valeu mais uma vez, muito obrigado ao meninos da Transa e a Uyatã meus parabéns!! Em breve estaremos divulgando a data da 7º etapa e conto com todos vocês lá!! Um grande abraços a todos!!!!

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