A va tar: pelas alamedas do mesmo



Gritos e sussurros, a arte cinematográfica agoniza nas telas frias e discretamente burguesas de Avatar. Vazio em seu enredo linear de tramas superficiais e mercadológicas, a pobre arte da película nada traz de acréscimo a beleza da sétima arte. A reprodução de valores morais ianques é explicita em todo seu desenvolvimento narrativo e descritivo. Nada escapa a pobreza artística e a abordagem dual da realidade das maus tratadas cenas de Avatar, desde sua abordagem conceitual do discurso ambiental - vomitando sua colorida natureza intocada, aos seus conceitos de diversidade e desenvolvimento humano vistos sobre a ótica monoclonal das lunetas cartesianas dos idos da colonia imperial. Ate seus ricos efeitos especiais, a la Hollywood, assombraram a sua pobreza criativa ao longo da borrasca intempestiva de seus defeitos artístico. Em fim, mais essa grande produção, conservando a já tradicional etnologia da grande mídia, criando seus romanos heróis solitários, belicosos e cheios de compaixão. E como bradou loucamente o lúcido diretor baiano Glauber Rocha - "Sem linguagem nova não há realidade nova."

Alexandre Amadeu é estudante de Biologia e servidor da UEFS.

15 comentários:

24 de fevereiro de 2010 às 14:02 Daniel Oliveira disse...

hahahahahahahahahahahahahahahaha!!!!!!!!!!!

24 de fevereiro de 2010 às 19:26 Unknown disse...

Alexandre, vc é ótimo! Usa os adjetivos como ninguém. Gostei do texto!

25 de fevereiro de 2010 às 19:14 Unknown disse...

"Cartesiano,mercadológica,ianques, burguesas.." os mesmo clichês de sempre. Os textos aqui paracem mais oriundos de palanques do que de mentes que pretendem dar uma nova visão à arte, à comunicação. Sempre esse mesmo discurso baseado na irracionalidade do populacho político de quinta categoria, de revolucionários retrógrados que usam velhas armas em busca do novo. Espero que um dia essa revista se torne FODA, e deixe de ser uma transa bem esquecível.

26 de fevereiro de 2010 às 03:16 Daniel Oliveira disse...

danibritto,

Em todo e qualquer discurso, até no religioso, generalizar é a pior coisa que a pessoa pode fazer.

26 de fevereiro de 2010 às 04:44 Unknown disse...

Daniel,

Infelizmente, a generalização foi proposital, já que a maioria (do conteúdo/discurso) praticamente ofusca os mínimos detalhes (e textos) que ainda me fazem retornar aqui com a quase vaga esperança que tudo isso "evolua", no melhor e mais expressivo sentido da palavra. Agora, se quiserem continuar escrevendo pra guetos, tudo bem. Mas avisa antes, gente. Se quiserem mudar (aqui e o que mais almejarem), desejo-lhes grande sorte.

26 de fevereiro de 2010 às 06:35 Paulo Moraes disse...

Algumas pessoas acham que a arte está deslocada da disputa de mundos em que vivemos e apenas querem ler e ver o que lhe agrada aos ouvidos e aos olhos, em um mundo de enormes distorções.
Engana-se este, pois a arte está no mundo e interferindo nele e para isso basta ler algumas páginas da Bravo!, revista conceituda neste quesito.
Os tolos preferem fazer discursos vazios em criticas vazias, meramente tecnicista, como se isso fosse neutro.
Chega de tanta imbecilidade em busca da neutralidade. Outra visão de arte não é apenas mostrar a arte, mas sim debatê-la, se discorda faça uma critica verdadeira e não esta que estais acima. Se pode falar dos textos que aqui estão, e este é objetivo deste projeto - Socializar o dialogo - faça com argumentação clara e não disfarçada de um discurso conservador que acha que a História acabou.

26 de fevereiro de 2010 às 07:40 Unknown disse...

Paulo,

Primeiramente eu discordo com você que a revista Bravo é conceituada. Ela fala de uma arte em termos "boas", porém meramente comerciaia cuja gênese muitas vezes é questionável, além de trafegar preferencialmente nos eixos Rio-SP. Engraçado você elogiar Bravo e esculachar Hollywood e dizer a mim que sou vazia. Sinceramente, não entendo mesmo, MESMO, o que você pensa verdadeiramente. Não nutra sentimentos pequenos nem se avilte com as críticas. Aprenda a ouví-las se quer fazê-las. Não ouse chamar de vazio o que lhe pode completar algo. Seja adulto, maduro e acima de tudo abra sua mente para os horizontes da realidade, seja ela a que lhe vá além do umbigo. Acho que essa revista tem muito para dar, porém, percebo que são poucos os de vocês que pretendem se despir dos currais acadêmicos partidários e serem verdadeiramente livres de esteriótipos e viverem intensamente a dor e a delícia de acertar e errar. Faço aqui meu último comentário acerca da Transa, já que não o querem. Recomendo um exorcismo desse espírito de avestruz que vos habitam e fazem suas cabeças enterradas e cegas diante dessa [ainda não] fantástica revista. Espero mesmo que um dia ela se torne FODA.

26 de fevereiro de 2010 às 07:55 Paulo Moraes disse...

As vezes é difícil viu...
Eu não elogiei a Bravo!, você gostando ou não ela é conceituada no que faz e se ela só fala do velho eixo Rio/Sampa é porque isso tem um motivo, tem uma ação, pois o seu público vai acompanhar isto e homogenizar a arte a partir destes conceitos.
Quando coloco que sua critica é vazia e é mesmo, basta ver a continuação dele, pois você apenas fala de angustias suas e quer que ela seja homogenizada pelo restante, que aqui só saia escritos ou videos que acalme seu ego, e isso nós não fazemos. Escrevemos para varios setores, pois internamente somos diversos e não somente há um gueto, que é este de intelectalóides de blogs.
Queremos sim o seu comentário, mas o faça de forma sincera, como o do colega Marcos, que não é igual ao meu, porém é qualificado e não bestial e mimado.
Não estamos aqui a agradar ninguém e nem trazer verdades embutidas em rotulos de Coca-cola, mas sim trazer a reflexão e o debate.
Deveria trazer sua critica aberta e não escondida, já disse isso antes e repito, pois as vezes podemos até parecer os mais modernos, porém revestidos de puro conservadorismo que invade nosso mundo em diveros momentos.

26 de fevereiro de 2010 às 08:26 Jopatife disse...

Muito melhor que o texto é o comentário de Dani Brito!

26 de fevereiro de 2010 às 08:48 M. Correia disse...

hahahahahahahahahahahahahahahaha!!!!!!!!!!!

26 de fevereiro de 2010 às 09:12 Daniel Oliveira disse...

danibritto, novamente:

Em todo e qualquer discurso, até no religioso, generalizar é a pior coisa que a pessoa pode fazer.

26 de fevereiro de 2010 às 10:20 Transa, revista disse...

Estou adorando toda essa cizânia. Suplico-te Dani: não deixe de postar!!!! Você está sendo capaz de tirar Paulão do sério, isso é ótimo!!!!
Se continuarmos assim conseguiremos bater o ibope da novela das 8, e esse caráter intriguentalóide nos concederá o Troféu Imprensa do ano, ganharemos do Blog da CARAS!!!!! UHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU
P.S. Só discordo de Éder!!!!

Uyatã

26 de fevereiro de 2010 às 16:03 Unknown disse...

colé a de merma! o texto do maluco pode até ser legalzinho, mas reflete um egocentrismo muito doido, e isso é bom? Talvez. Enquanto isso ainda existem aqueles que encontram meteoritos embaixo da cama e sabedoria na espera...Além do mais, não acredito que a filosofia yaqui seja dispensável, talvez o academicismo boceja, a crítica o seja quando não absorve o supra-sumo do tempo desgastado.

28 de fevereiro de 2010 às 08:43 Marcos Rosa disse...

Gosto de chamar os filmes da categoria de Avatar de "filme pipoca", aliás quem me ensinou isso foi minha esposa, ex-funcionária de locadora que muito me ensina(ou)sobre o mundo dos filmes. Confesso que ás vezes procuro assistir um "filme pipoca" por curiosidade, ou por "des-stress", e Avatar foi um dos que assistir pelos dois motivos acima. Não tem nada de magnífico, nem os efeitos especiais. Daqueles indicados ao oscar, Distrito 9 conseguiu me atrair mais - ontém assistir Preciosa e é melhor que estes dois. Acredito que Avatar conseguiu esta fama, principalmente, devido ao "auto-falante" louco da mídia, fez ressoar aos quatro cantos do mundo um miado de gato como se fosse o rugido de um leão. Aposto todas as minhas fichas que será esquecido dias após receber algumas estatuetas.
Danibrito adorei sua presença, volte, exponha seus argumentos, junte se a fileira, ou ataque de longe...rsrsrs.
Paulo Moraes, inicialmente, muito obrigado pelo elogio, e por fim, ás vezes quero desfrutar da arte totalmente desnudo, por mais que seja difícil, quando já estamos contaminados daquela "porção" que nos faz desconfiar de tudo. Mas tento assim mesmo sentir a arte pela a arte, me alienar ou me des-alienar. Imaginar que não existe um ventríloquo, que habitamos um mundo totalmente diferente daquele apregoado pelos revolucionários, ou que assim se auto-denominam.
Abraços.

1 de março de 2010 às 15:18 DSL disse...

Perdõem-me por "lateralizar" a discussão; quanto mais se o que tenho a dizer em pouco ou nada interfere no que já foi dito. Embora ofereça novos parâmetros.

Não mais me alongo: Paulão (e também Marcos), a arte não só "está" e "interfere" no mundo, como a arte "é" o mundo.

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