Ali não é possível outro mundo!

| por Paulo Moraes |


Já vou avisando desde já que eu não fui aos 10 anos do Fórum Social Mundial (FSM), que ocorreu em duas capitais do nosso Brasil; Porto Alegre e Salvador. Porém estive no último de caráter mundial, que ocorre nos anos ímpares, em Belém do Pará. Inclusive estava na companhia da companheira de Transa, Dolores. Tem certas horas que não dá para perder a piada.




Mas mesmo sem ter ido vou falar um pouco sobre o mesmo, pois inclusive este texto era para ter saído semana passada, mas todos e todas conhecem o que é um fim de semestre, e para variar um pouco estou atolado até o seu fim, dia 18 de fevereiro. É podem acreditar, mas vou aqui deixando nítido que a culpa não é do Professor Coelho.



Então o que é o FSM? É a primeira pergunta a ser feita. No discurso é um lugar em que um monte de gente se reúne para debater um novo mundo, mundo esse hoje que vive sobre a égide do Capital, e tirar as saídas para o seu fim. Então encontramos o problema do mesmo, que é ser um espaço feito somente de discursos sem qualquer relação com a pratica de mudança da realidade.

O FSM é um festival de Organizações Não Governamentais (ONG’s) que de mudar a realidade não tem nada, só deles próprios e olhe que tem muita mesmo não é brincadeira não. É o novo ativismo social, você entra numa ONG e a partir de então melhora a vida do povo, assim fácil mesmo. Mas tudo isso é uma falácia, elas não funcionam para mudar nada, apenas, quem sabe, para melhorar a vida de poucos e mesmo assim dentro dos marcos do Capital. É claro que existem as exceções, mas estas só servem para justificar a regra.


Do outro lado está os Governos, que quando ajudam são em sua maioria do Partido dos Trabalhadores (PT) e/ou de suas tendências externas (PMDB, PC do B, PSB, PDT e por ai vai) e ai já sabem, quem viu o PT querer mudar alguma coisa pelo avesso pós 1989. E agora prior ainda que a candidata deles chegou no Demo-Tucano Serra, que acredito eu, só num vende a mãe por que é sacrilégio. Então o FSM é isso ai, nada. Com todo respeito aos setores que acham que aquilo serve para alguma coisa ainda. Alias serve, para que Organizações sérias com o comprometimento real de mudar o mundo pelo avesso possam se encontra em caráter nacional de forma ampliada, apenas para isto, sejam elas partidárias ou não.


Sendo assim é preciso construir um novo espaço para aglutinação dos setores comprometidos com o combate a desigualdade que mata cada vez mais nosso mundo. Que discordam da presença militar brasileira no Haiti, e que é de muito tempo antes desse terremoto horrendo, e de outras forças armadas em outros países apenas no intuito de ampliar a exploração desses povos. Que acreditam que as relações não podem mais ser centradas a partir de um consumismo desenfreado que vêem acabando com o nosso planeta, enfatizo não existe desenvolvimento sustentável por dentro do Capital, como afirma a pseudo-verde Marina. Vamos reconstruir este espaço, não é fácil, porém o primeiro passo a ser dado é deixar claro que o FSM só serve para turismo barato e mesquinho em terras alheias.

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